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Síntese cronológica de um despedimento injusto, mas designado "justa causa" pelo Millennium BCP


Se observarmos bem, se fizermos uma cronologia das datas, se atentarmo-nos aos fatos, poderemos perceber que a atitude do Millennium BCP, embora calculada, demonstra incoerências. Pois, é possível ver que durante um ano esse banco tenta dois caminhos independentes para chegar ao seu objetivo, o despedimento:
1º. Em Março de 2012, depois de ter sido castigado com uma transferência de posto de trabalho, meu marido recebe uma proposta para ir trabalhar em um projeto novo no Tagus Park e recusa-se a ir por estar doente, fato que explica ao entrevistador;  
2º. Com data do mesmo dia da recusa, a abertura de um processo disciplinar baseado em fatos que ocorreram em Dezembro; 
3º. Em Novembro, é feita uma proposta de acordo pelo Millennium BCP a um funcionário de licença médica por doença psiquiátrica; 
4º. Uma semana depois da proposta feita a um homem depressivo, este recusa-a;

5º. Empréstimos pessoais debitados na totalidade na conta desse funcionário que está doente e ausente do trabalho; 
6º. Um telefonema por parte desse funcionário, que está doente, para prestar esclarecimentos acerca do saldo devedor e a revelação que foi despedido; 
7º. Sem nenhum documento, esse funcionário continua e enviar as baixas médicas ao Millennium BCP, até receber um e-mail comunicando que ele não trabalha mais lá; 
8º. Finalmente, com data do mesmo dia da recusa, um despedimento dito “por justa causa”, comunicado por telefone, com base no processo disciplinar iniciado em março de 2012 com base nos fatos ocorridos em dezembro de 2011.
 Por não existir uma carta de despedimento, meu marido não pôde recorrer em tribunal solicitando uma suspensão cautelar do despedimento, como poderia fazê-lo se tivesse tal documento em seu poder. Esse procedimento lhe daria o direito de receber salário enquanto o Tribunal do Trabalho não trata do assunto. Assim sendo, nem salário, nem subsídio de desemprego e um acúmulo de dívidas, além dos problemas emocionais e psicológicos.
O caso está no Tribunal do Trabalho de Lisboa. O Millennium, que não quer acordo, retirou-lhe todo o dinheiro em novembro (salário, subsídio de Natal e de férias) deixando sua conta negativa em mais de seis mil euros. 
Enquanto esperamos pelo julgamento, as dívidas vão se acumulando e não sabemos a quem recorrer.
 Estamos correndo o risco de perder tudo, inclusive a casa onde moramos. Alguém sabe explicar porquê?
Alguém consegue explicar-me como um homem que se dedicou mais de 20 anos a um banco, foi promovido algumas vezes, possui um cargo de chefia, exerce a função de caixa, fica doente por sofrer assédio moral, e ainda é escorraçado como se fosse desonesto e golpista e ninguém faz nada?

 
 


 
 
 
 


4 comentários:

  1. Cara Meire!
    também fui vitima de assédio moral e demitida pela empresa que trabalhava aqui no Brasil. A Transpetro, subsidiária da Petrobras, decidiu me demitir após te feito denuncia de asseio moral coletivo como forma de gestão ao Ministéio publico do trabalho e mais inumeras denuncias de irregularidades nas práticas de segurança e saude industrial.
    O assédio, ao contrário do que pensa, é tido como forma gerencial e ensinado em cursos para os gestores das empresas grandes como a minha e do seu marido.
    Desejo que consigam resolver esta situaçao.. procure a OIT se for o caso.

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    1. Olá, Ana Paula! Sinto muito por ter passado por uma situação assim, pois, pelo sofrimento do meu marido, posso imaginar o seu...
      Estamos cheios de fé em Deus que dará tudo certo, pois só um milagre é capaz de dar a vitória ao meu marido, pois o banco é influente e, pelo que parece, compra tudo. Mesmo assim, acreditamos que Deus é maior que qualquer banco deste mundo.
      Obrigada pela visita e pela dica da OIT, vou me informar.
      Fique com Deus.

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  2. Olá Meire!

    É revoltante esta história... e ainda mais saber pelo comentário acima, da Ana Paula, que ela sofreu o mesmo e que haverá milhares de casos assim pelo mundo fora.:( Escreve para jornais, à Deco (direitos do consumidor... será útil?), aos canais de televisão, àqueles programas da manhã e da tarde, que denunciam situações do género!!! Consultem-se com um advogado, se puderem!
    Descobri o teu blogue no Google+ e já estou a seguir. Se quiseres, visita-me também!:) Escrevo sobre viagens e gastronomia... para descontrair e sonhar com melhores dias.:)

    Beijinho,
    Olivia

    omundopelaboca.blogspot.com

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    1. Olá, Olívia!
      Obrigada pela visita.
      Realmente é muito revoltante e angustiante. O pior ainda é saber que o adversário tem dinheiro suficiente para comprar tudo... O caso está no Tribunal.
      Beijinho.

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