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As "coincidências" transformadas em armas pelo Millennium BCP

Acreditem ou não, a maior de todas as coincidências é o desaparecimento (ou destruição) de imagens do sistema de segurança do Millennium BCP, cruciais para provar quem está falando a verdade, e pedidas ao banco pelo meu marido.
A segunda, e muito conveniente, é o fato de eu ser brasileira, visto que o Millennium BCP aproveita-se do rótulo "brasileira" para me inferiorizar, colocar minha boa conduta em causa, quebrar o sigilo bancário, insinuar maldades acerca da origem das minhas economias, etc., simplesmente porque eu não posso fazer nada.
Posso até denunciar, gritar, espernear, escrever, mas... e daí? Alguém vai fazer algo contra um Millennium BCP?
Isso é que eu quero ver...
Outra coincidência, é que durante o apuramento dos fatos contidos no processo interno do banco contra o meu marido, nenhum dos funcionários do Millennium BCP que trabalhavam ao lado do meu marido, e convocados para prestar esclarecimentos, puderam comparecer. Sei disso, porque também fui convocada, compareci ao local, mesmo tendo adiado uma viagem importante para minhas pesquisas, e vi quem esteve lá e quem não esteve.
O local, a data e a hora eram os mesmos para todos, portanto pude perceber e ouvir os comentários feitos acerca dos faltosos. Também tive a oportunidade de ouvir o pedido para uma segunda convocação...

Mais coincidências?

Sim! Rubrica é diferente de assinatura. Grande coincidência para quem "entende" ambos os termos como sinônimos...
Ainda considero coincidência eu não ter conhecimento que seria necessário transferir minha conta para outro balcão depois do casamento com um funcionário do Millennium BCP. Essas informações não vinham no contrato que me entregaram e também não fizeram com que elas chegassem até mim por algum meio de comunicação após o casamento. 
Contudo, apesar de nunca terem se preocupado em me avisar ou pedir para eu mudar minha conta de balcão, hoje eles alegam no Tribunal que eu deveria ter feito isso. Ou seria isso conveniência?
Agora eu pergunto:
Se minha conta deveria ter sido transferida para outro balcão, por que o gerente ou chefe do balcão nunca entrou em contato comigo para comunicar essa regra do banco e fazer o pedido?
Eu adoraria que me respondessem essa pergunta.. 
Apesar de tudo isso, para mim, pior que todas essas coincidências é o fato de não respeitarem os meus direitos humanos. É a dor pela exposição do meu nome e dos meus dados pessoais, a dor pela humilhação de ser ultrajada sem poder me defender, é a angústia por não me permitirem falar, sem contar o fato de ter uma tese de doutoramento para concluir e não ter cabeça...
Quem vai me restituir pelo tempo que perdi, pelas lágrimas que chorei, enfim, por tudo que perdi com todo esse desrespeito?
 
 

Os cheques de uma cliente de mão em mão… Depois de pagar pelos cheques, banco alega que cliente não os assinou e distribui cópias entre seus funcionários

É possível chegar ao Tribunal do Trabalho para ser testemunha, e encontrar cópias de seus cheques nas mãos de outras testemunhas?

 
Sim! É possível. O Millennium BCP distribuiu cópias dos meus cheques entre seus funcionários presentes no Tribunal do Trabalho de Lisboa. Eu vi!

E isso é legal?

Essa é a pergunta, para a qual, busco uma resposta...
Confesso que é um tanto constrangedor passar um dia quase inteiro numa sala vendo cópias de documentos meus nas mãos de pessoas que nem conheço. Como se isso não bastasse, ainda ter que ouvir essas mesmas pessoas comentando e apontando para esses documentos como se eu nem existisse. Posso garantir que é a uma das maiores sensações de impotência que já senti na minha vida, principalmente porque meu desejo era arrancar aqueles blocos de papéis de cada uma delas e rasgá-los.
Mas, os meus direitos foram me tirados.
Tiraram-me o direito de me resguardar, de me expressar, de decidir sobre coisas que eram minhas.

Tem um banco, em quem nós confiamos, o direito de se utilizar de nossos dados bancários como lhe aprouver?

Depois de todo o constrangimento na sala de testemunhas… Surpresa! Os meus cheques nas mãos do juiz. Tive que fazer o reconhecimento dos cheques e das assinaturas...
Parecia novela...
Eu, que sofro de ansiedade, pensei que cairia ali mesmo, tamanho era o constrangimento e a raiva que sentia.
Nunca imaginei isso. Sinceramente, eu não sabia dessa “desconfiança” do Millennium BCP, até porque no dia 5 de maio de 2012 eu fui ao Tagus park, numa dependência do Millennium BCP, prestar esclarecimentos ao seu representante.
Contudo, parece que eles não ficaram satisfeitos. Apenas esqueceram de me avisar...
Nesse dia, ainda não tinham se decidido a utilizarem as cópias dos cheques, pois estas não estavam lá. Pelo menos, tal assunto não fora abordado.
Refletindo melhor sobre o assunto, agora com mais calma, entendo que eles mudaram de foco.
Antes, eles queriam me tomar por vítima do meu marido, como não resultou, resolveram me atacar de surpresa e insinuar mentiras... Uma tática?
Será que resolveram me tomar por cúmplice?
Esta é uma dúvida genuína. Para mim, é a única explicação para depois de mais de um ano resolverem que as assinaturas dos cheques são diferentes das rubricas e que isso é motivo para exporem e humilharem-me em tribunal.
Humilhar sim! Foi isso que o Millennium BCP fez através de seu advogado naquele Tribunal e o juiz permitiu. 
A dor que eu senti vendo meu nome ser pronunciado envolto em insinuações maldosas, as lágrimas que derramei por ver todas as minhas lutas serem colocadas como duvidosas... Isso nunca ninguém vai apagar. Talvez a palavra "humilhação" seja muito pouca para designar tudo isso...

Vamos ver um trecho do que está escrito na pasta que o Millennium BCP entregou-me no dia em que abri a conta:

Responsabilidade social na relação com o cliente?
Ética pelas leis?
Por acaso não sou cliente igual a todos os outros? Não mereço ser tratada com responsabilidade social e ética?
Ou serão essas palavras enfeites de uma pasta...?
Comigo, uma cliente do Millennium BCP, não foi assim...

Um dia de cada vez


Depois de três meses, hoje meu marido foi ao médico, mas voltou de lá muito triste, o que me deixou triste também.
O médico, na verdade, é uma médica psiquiatra que trata dele há cerca de 6 ou 7 anos e, por essa razão, disponibilizou-se a testemunhar no Tribunal do Trabalho a seu favor, visto que até o seu estado de saúde foi colocado em causa.
Porém, há dois meses, mais ou menos, ela vinha tirando licença médica e adiando as consultas, inclusive, já tinha adiado duas consultas por dois meses consecutivos…
Sei disso porque presenciei sua secretária (ou telefonista) telefonando para cancelar a consulta marcada e remarcar outra, alegando sempre que a médica se encontrava ausente por doença.
A meu ver, essa médica seria uma testemunha fundamental no processo trabalhista contra o Millennium BCP, mas ela não compareceu ao Tribunal, pois nesse dia ela continuava doente.
Infelizmente para meu marido e felizmente para o Millennium BCP, desde que o julgamento foi marcado, este mês, junho, foi o primeiro em que a consulta não foi adiada…
Apesar de a médica ter feito um documento atestando o estado de saúde do meu marido, tenho medo que ele tenha sido prejudicado pelo não comparecimento dela na audiência, pois o representante do Millennium BCP aproveitou-se da ausência da médica e proferiu "os psiquiatras fazem aquilo que lhes pagam para fazer".

 
Como eu já referi antes, durante o primeiro dia da audiência, eu estive na sala de testemunhas, mas no segundo dia eu pude assistir ao julgamento. Foi o tempo suficiente para eu ouvir essa frase que ecoa nos meu ouvidos muitas vezes, principalmente porque não entendo o que ele quis dizer com isso.
Para mim, parece ambígua.
Como será que o juiz a interpreta?
 


 
 

Justiça já!!

 

Os apelos que faço aqui são apenas para que se cumpra a justiça. Porque acredito que não importa o origem das pessoas, mas o caráter. E eu estou sendo ultrajada apenas porque, como imigrante, sou um alvo fácil.
Não podemos permitir que os que têm dinheiro, simplesmente, abusem dos mais fracos conforme as suas conveniências.
Por isso, peço a todos que leem estas palavras, divulguem, comentem aqui deixando a sua mensagem e orem por mim. Porque para Deus tudo é possível...


A forma de tratamento é importante? Não seria preconceito tratar pessoas semelhantes de formas diferentes?



Em Portugal, os licenciados, formalmente são tratados por "doutor", e muitos exigem que assim seja, o que acredito ser uma questão cultural. Nesses 12 anos que vivo aqui, já presenciei muitas cenas relacionadas a esse tema, inclusive em encontros de Linguística na minha universidade e em outras. Ainda, é possível ver que há pessoas que fazem questão de serem chamadas por " Senhor Engenheiro", "Senhora Enfermeira", e assim por diante, mas os verdadeiros doutores (os que fizeram doutorado), pelo menos os que eu conheço, preferem "Professor Doutor".

Mas, e o Millennium BCP, como trata seus clientes licenciados?

Eu não sei, mas sei como fizeram questão de me tratar perante o Tribunal do Trabalho, tanto por escrito como presencialmente.
Se tratassem todos iguais, não me sentiria ofendida, porque a forma de tratamento, não significa muito para mim, mas a partir do momento que se referem aos outros licenciados como "doutor" e "doutora", sinto-me profundamente ofendida e discriminada.
A lista das testemunhas emitidas pelo Millennium BCP consta de 10 pessoas, cujos nomes estão precedidos por "Doutor", no caso dos licenciados, e por "Senhor", no caso dos não-licenciados.
Isso vale para todos os contidos na lista?
A meu ver, não! Eu sou licenciada, possuo o título de mestre e estou terminando meu doutoramento...
Importa referir que as minhas habilitações literárias constam no registro do banco desde o dia que abri a conta na respectiva instituição, e mais, constam atualizadas no registro de funcionário do meu marido.
Não obstante, qual foi a forma de tratamento dirigida a mim? "Dona", "Senhora" ou simplesmente "Meire". Mas, sempre que o nome de outro licenciado era referido, a forma de tratamento era "doutor" ou "doutora".
Sem contar que se esqueceram que tenho profissão, pois referem-se a mim como "estudante" apenas.
Como se chama esse tipo de tratamento?
Seja lá qual for o nome que se dê, esse tipo de tratamento "diferenciado" causa dor, tristeza, angústia, revolta e uma enorme impotência, pelo menos, em mim.

Consequências de toda essa injustiça...

O desânimo, a ansiedade, o nervosismo, a tristeza e a indignação, entre muitas outras coisas, são alguma das grandes consequências de todo esse jogo que eu não sei jogar.
Confesso que hoje não está sendo fácil escrever, pois é um daqueles dias em que me sinto deprimida e angustiada.
Imaginem viver há quase dois anos à espera, sem contar a pressão psicológica de ver o sofrimento do meu marido. À espera do fim do ano, à espera do início do ano, à espera que o processo termine, à espera que haja um acordo, à espera do julgamento, enfim, à espera que a vida volte ao normal e que eu resgate a minha capacidade de sonhar... e de raciocinar, porque, afinal, eu tenho uma tese de doutoramento para concluir.
Quando saí do meu país para me aventurar em terras estranhas, acreditava num mundo mais justo, sonhava com uma vida melhor.
Quando eu me casei, há dois anos atrás, acreditava que ainda era possível construir uma Família, constituir um lar. Mas... o que encontrei? Um pesadelo e a culpa de por ser usada como arma de destruição do meu próprio marido.
Como eu poderia imaginar que o fato de eu ser estrangeira seria uma arma na mão de um banco que tem por meta se livrar de 600 funcionários?
Jamais imaginei, nem nos meu sonhos mais loucos, que isso seria possível.
É possível ter paz sentindo-me tão usada, desrespeitada, ultrajada...?
De um lado um banco grande e poderoso, o Millennium BCP, do outro lado, o homem que escolhi para dividir minha vida, e no meio eu, uma mulher pobre, imigrante e estrangeira... Pensando bem, ser mulher, pobre e estrangeira, faz de mim um alvo fácil, pois quem vai me defender?
Só Deus! Apenas Ele é capaz de me honrar e me defender do Millennium BCP. Lembre-se que foi Deus que derrubou e Golias, que era um gigante e deu a vitória a Davi, quase um menino.

A sala das testemunhas do caso Millennium BCP

Foto: Meire Lara
Como já referi antes, sou testemunha em um processo trabalhista do Millennium BCP.
Compareci ao Tribunal do Trabalho às 9h30 da manhã do dia 30 de maio, conforme determinado na intimação, mas só fui ouvida por volta das 16hs, pois fui a última a ser chamada.
Enquanto isso, como eu era a única que não fazia parte do grupo Millennium BCP, fiquei constrangida de entrar na sala de testemunhas. Não obstante, coloquei Deus à frente, criei coragem, e entrei na sala… Silêncio total. Ninguém cumprimentou ninguém, pois todos me conheciam, mas eu conhecia apenas duas pessoas que estavam “distraídas” numa conversa…
Passado alguns minutos, as testemunhas foram ficando à vontade, a sala começou a parecer uma reunião de estudos, de troca de ideias, ou algo parecido. Algumas pessoas possuíam uma apostila (sebenta) na mão que liam, apontavam trechos e trocavam dúvidas como quem está decorando textos e certificando-se uns com os outros do excerto correto… Uma verdadeira vergonha!
Mais vergonhoso ainda, e frustrante para mim, foi perceber que entre as páginas dos textos que liam, encontravam-se as cópias dos meus cheques. Os mesmos cheques que foram descontados em dezembro de 2011 e que deveriam ser um documento interno do banco.
Senti-me humilhada, fiquei nervosa, revoltada… nem consigo descrever as emoções que senti naquele momento. Meu coração parecia mais uma escola de samba. Ali pude perceber a minha fragilidade, pois havia pessoas falando sobre mim, compartilhando os meus dados pessoais e bancários e, ainda, se servindo de cópias de documentos que deveriam ser sigilosos, e eu nada podia fazer...

 Resumindo:

 
A sala de testemunhas era o palco de testemunhas que decoravam textos, enquanto outras se divertiam, e uma única testemunha que era alvo de coacção e permanecia quieta vendo tudo sem nada poder fazer.

Agora eu pergunto: 

Isso é legal?
Pode um banco distribuir cópias de cheques de uma cliente aos seus funcionários para estes ficarem “apreciando” na presença da própria cliente sem nenhum pudor?
Pode esse mesmo banco distribuir cópias de um processo disciplinar, que está ainda a ser julgado, aos seus funcionários para estes decorarem em plena sala de testemunhas antes de serem ouvidos como testemunhas do mesmo processo?
Essas são as questões sem resposta, sem contar o constrangimento de colocarem em dúvida o meu bom nome.
Quem sou eu, uma simples imigrante brasileira, diante do Millennium BCP, um grande banco português?
Por que um banco tem tanto interesse em expor, humilhar, constranger uma mulher imigrante que nada lhe fez e que durante quatro anos confiou-lhe suas humildes economias poupadas com muita luta e provenientes de trabalho? Trabalho que o Millennium BCP sabe perfeitamente quem pagou por ele, pois, apesar de eu não ser formada em gestão bancária e nem “nascida em Portugal”, sei que transferências bancárias são identificas por quem as recebe.
Tudo isso são marcas que me machucam, que me desestabilizam, que me inferiorizam, que me revoltam… e será que um dia sara?

Eu tenho uma tese de doutoramento para concluir no meio de toda essa tempestade… Alguém pensou em mim?

Assédio Moral, uma arma na mão das empresas

Quero abordar um tema que não domino, mas que tem tirado um pouco a minha paz, que é assédio moral. Para tal vou me ancorar em algumas fontes, porque eu acredito que podemos sempre adquirir novos conhecimentos, sejam eles bancários, trabalhistas, legisladores, etc. do país onde nascemos, ou de onde vivemos ou mesmo do mundo. Afinal, somos todos cidadãos do mesmo mundo...
O importante não é saber tudo, o que seria impossível, mas sim saber que as ferramentas existem e que podemos utilizá-las.
 A pesquisa, a busca pelo conhecimento é de grande importância quando queremos realmente aprender algo. E neste momento, eu quero entender "assédio moral" e partilhar minhas inquietações acerca do assunto. É claro que não será uma busca exaustiva, mas sintética o suficiente para refletir sobre o tema...

E o que é assédio moral no trabalho?


Se é assim, rebaixar um funcionário de cargo, humilha-lo e induzi-lo ao estresse, seria assédio moral!
Mas, a justiça não vê?
A justiça vê, mas se o próprio funcionário, com medo de perder o emprego, submete-se e não denuncia...
Esse funcionário sofre depressão e continua a trabalhar, faz-se de forte, quer agradar a empresa, quer ser reconhecido, e acredita que será, que é só uma questão de tempo... ou seja, o próprio funcionário, movido pelo desejo de que as promessas que lhe foram feitas sejam cumpridas, vai dando munição para a empresa o exterminar. E a empresa, sem nenhuma piedade, "atira para matá-lo"
Portanto, um funcionário que durante anos foi humilhado com o intuito de abrisse mão de seu trabalho, SOFREU ASSÉDIO MORAL!
O funcionário que não abriu mão de seu emprego, apesar da humilhação, e ficou doente de depressão, SOFREU ASSÉDIO MORAL!
O funcionário que foi vítima de armações para caracterizar justa causa, porque não abriu mão de seu emprego, até ser despedido injustamente, SOFREU ASSÉDIO MORAL!
 

O que diz a lei portuguesa sobre assédio moral?



Assédio moral é uma conduta que afeta a dignidade da pessoa ao tornar o trabalho humilhante e degradante.
Humilhante e degradante!

Consequência de assédio moral para o trabalhador

Humilhação silenciosa e degradação leva o trabalhador a depressão, que por sua vez, torna-o instável e, por vezes, incapaz de perceber que o mal que lhe fazem aumenta dia-a-dia. Assim, sem se dar conta, o trabalhador, acaba por ser alvo de ciladas de empresas mal intencionadas...
 

Consequência de assédio moral para a empresa?

Isso é que estamos tentando descobrir...

Até lá, DENUNCIE! 
 



O Millennium BCP nunca me chamou ao banco para conversar, mas chamou-me ao Tribunal do Trabalho para... para que mesmo?


Como cliente, fui intimada para depor no Tribunal do trabalho de Lisboa como testemunha do Banco Millennium BCP. Sim! O mesmo banco, onde mantive uma conta à ordem e apliquei minhas economias por 4 anos, nomeou-me como testemunha em um processo trabalhista contra meu marido, funcionário na referida instituição há mais de 20 anos.
Apenas para esclarecimento, quero lembrar que abri a conta no Millennium BCP em 27 de março de 2009 e apenas em 27 de março de 2011 que me casei com o funcionário do Millennium. Ou seja, não abri conta porque me casei, pois eu já era cliente! E tal como era antes do casamento, continuei a ser cliente...

Eu, acreditando que seria apenas para esclarecer que realmente pedi ao meu marido que descontasse-me alguns cheques, não hesitei em depor, apesar de como esposa ter o direito de não falar.
Mal eu sabia que o Banco Millennium BCP, durante a audiência do Tribunal do Trabalho de Lisboa, entre outras coisas colocaria em causa a origem das minhas economias. Nunca imaginei que o seu representante declararia em alto e bom tom, nesse mesmo TT, e perante diversas testemunhas, dentre as quais se inclui o próprio Juiz,   que o dinheiro que economizei, e juntei mês a mês, deveria ser investigado. Foi isso mesmo que aconteceu!
As tais economias, que são as mesmas que sobravam do mesmo salário que eu recebi através dessa instituição durante quatro anos, precisam ser investigadas, já que que o Millennium BCP, que se serviu dos meus extratos bancários, tanto que constam nos autos do processo, não prestou atenção à evolução da minha poupança, o que seria muito simples, pois o salário entrava e o que sobrava ia se acumulando na conta.
Quando eu tinha uma quantia razoável na conta à ordem, alguém do Millennium BCP telefonava-me para me convencer a aplicá-la. Contudo, e apesar de as chamadas serem gravadas, o Millennium BCP não sabe disso. Tanto não sabe que me chama no tribunal do Trabalho para dizer a mim e a todos os presentes que a origem de minhas economias precisam ser investigadas.

Por que o Millennium sugere que minhas economias precisam ser investigadas, se a única conta bancária que eu tinha estava no próprio Millennium BCP?
Pode um banco levantar uma suspeita assim sobre uma cliente, e justamente num local onde não se pode responder?
Parece que no jogo que o Millennium BCP joga, pode tudo....
Para um banco que não tem problemas em usar meus dados bancários, verificar um histórico de quatro anos seria muito mais simples, principalmente porque esse histórico está em seu poder, mas, talvez, não seja ético... (ou seria conveniente?)
Como se isso não bastasse, o representante do Millennium BCP, ainda disse que eu, como brasileira, não poderia ter conhecimentos bancários. Portanto eu só poderia estar mentindo...
Isso não é preconceito racial?
Eu me senti discriminada, humilhada, injustiçada e muito impotente. Pois tudo isso foi me dito no Tribunal, ou seja, onde eu só poderia ouvir e mais nada.
É justo isso? O banco que eu confiei desconfiar de mim, nunca conversar comigo e me chamar como testemunha para me humilhar, para insinuar que minto e declarar que minhas economias precisam ser investigadas?
Tudo parece ter sido tão ardilosamente planejado para denegrir-me, questionando sobre mim, uma simples cliente, num momento que eu não pudesse falar.
Por isso estou escrevendo, porque não me deixaram falar...

É possível um banco não ter conhecimento da diferença entre rubrica e assinatura?

Essa é a pergunta que me faço muitas vezes, pois por demonstrarem falta de conhecimento semântico acerca do termo "rubrica", vi-me ultrajada diante do Tribunal do Trabalho, onde eu deveria ser apenas uma testemunha.

A diferença entre rubrica e assinatura

 

Este deveria ser um tema para um blog de língua portuguesa ou afim, eu sei, mas eu não poderia deixar de relatar como o Millennium BCP se faz de desentendido para ofender-me e colocar em causa a minha dignidade, simplesmente porque lhe parece favorável. 

Como pode um banco não entender a diferença entre rubrica e assinatura?

Ora pedem para assinar, ora para rubricar sem saber o que pedem? Sinceramente, não sei, mas alguém poderia perguntar-lhes...
Sem entender essa diferença, o que é no mínimo estranho, o Millennium BCP utiliza-se de cópias de cheques meus, que foram assinados na frente (como imagino que deva ser) e rubricados no verso, para se beneficiar em um processo trabalhista. O banco alega diferença de assinaturas, sendo que não se trata de assinaturas, mas de assinaturas e rubricas.

Minha dúvida é:

Por que só depois de mais de um ano o Millennium BCP, que nunca me chamou, como cliente, para esclarecer isso, tem dúvidas quanto às minhas assinaturas?
O fato é que o dinheiro saiu da minha conta, eu nunca reclamei ao banco, e o banco tem dúvida se os cheques foram assinados por mim, que sou a cliente.
Mas, o banco só tem dúvidas um ano depois dos cheques terem sido pagos!
Por que só depois de um ano? E por que eu só tomei conhecimento disso no tribunal do Trabalho, onde eu era apenas testemunha?
É normal um banco ter dúvidas e não fazer nada?
Será que um cliente que não assinou seus cheques não reclamaria o dinheiro que saiu de sua conta?

Cabe lembrar que o Millennium BCP tem todos os meus contatos - endereço de casa, e-mail, telefone fixo e móvel - e nunca, nunca, entrou em contato comigo. Nunca se deu ao trabalho de me chamar como cliente para absolutamente nada. Importa ainda referir que todos os meses o banco enviava o extrato digital para o meu e-mail.
Será que não poderiam enviar-me um e-mail pedindo-me para comparecer ao banco e esclarecer as assinaturas?
Precisavam expor-me dessa maneira? Precisavam humilhar-me diante de um tribunal insinuando maldades e tentando denegrir a minha conduta?

Ficam aqui as perguntas sem respostas...

O que aconteceu com os 19 funcionários do Millennium BCP?

Segundo a TVI, o Millennium BCP confirma que a saída de 600 funcionários foi conseguida.
"Dos 600 contactados 400 aceitaram sair, mas houve outros 180 que se auto propuseram para deixar o banco"
 
Isso significa que, depois de não medir esforços, finalmente o Millennium BCP alcançou a vitória diante de seus funcionários, os mesmos que lhe serviram durante anos!?
Eu não sei! Contudo, de acordo com as reportagens, parece que sim.
___________________________
 

Agora, com base na imprensa, eu pergunto: e os outros 20 funcionários?

Aproveitando as informações que temos, vamos calcular:
 
600 eram a meta do Millennium BCP
400 aceitaram o acordo
180 auto propuseram a deixar o Millennium BCP
 
E o resto?
 
400 + 180 = 580
600 - 580 = 20
 
Desses 20 funcionários, um deles nós sabemos o que aconteceu, portanto, sobram agora 19.
Alguém sabe o que houve com os 19 que faltam...?


 

Como uma simples imigrante é envolvida em um processo trabalhista do Millennium BCP? Entenda a história!

 
Vivo em Portugal desde 12 junho de 2001. Vim em busca de um sonho, de uma vida melhor. Queria fazer o mestrado e fi-lo, tanto que hoje tenho um diploma de Mestre da Faculdade de letras da Universidade de Lisboa. Apesar disso, acabei ficando aqui e não sei explicar o porquê.
Durante quase dez anos estive sozinha, até que um dia entrei no Millennium BCP para abrir uma conta e conheci um rapaz com quem me casaria 2 anos depois (27 de março de 2011).
Nesse banco recebi o meu salário e guardei todas as economias do tempo que imigrei em Portugal sonhando comprar um apartamento. O Millennium BCP, inclusive, chegou a fazer-me simulações de financiamentos (documentos que tenho guardados).
Um dia, porém, precisei de parte do MEU dinheiro e pedi ao meu marido que descontasse cheques para mim (esse foi o seu crime).
Realmente, eu não devia ter feito isso, mas confesso que nunca imaginei que isso pudesse ser tão grave...
Não sei bem como, o Millennium BCP, aproveitando-se dessa situação acusa meu marido de "mexer" no meu dinheiro sem meu conhecimento , o que não é verdade e, como punição, transfere-o para os serviços internos do banco. Uma tristeza para ele que adorava a área comercial.
Dois meses depois, o Millennium BCP faz-lhe outra proposta, um cargo qualquer no Tagus Park, e ele, que não está bem, recusa a tal proposta antes de voltar para casa e refletir. Foi a pior coisa que ele fez.
Coincidência ou não, no dia seguinte à recusa, o Millennium BCP abre um processo disciplinar contra ele, com intenção de despedimento, baseado no dinheiro retirado da minha conta, acusando-o de tirá-lo sem o meu conhecimento.

Eu nunca me queixei ao banco, contudo, este não hesitou em quebrar o sigilo bancário e usar o meu nome e a minha conta para prejudicar meu marido.

Fui chamada ao banco, pelo meu marido que estava em sofrimento, para prestar esclarecimentos em 5 de maio de 2012. Fui recebida pelo advogado do Millennium BCP, que me interrogou e me deu um papel manuscrito para assinar, onde ele resumia o que lhe disse. Expliquei-lhe que havia pedido um favor ao meu marido porque estava com problemas e precisava do dinheiro, mas parece que o banco não apenas não aceitou a minha versão dos fatos como resolveu alterar o rumo dos acontecimentos. Eu, então, passei de vítima a suspeita.
Suspeita de quê?
Não entendi bem de quê, mas entendi que o Millennium, que quis me fazer de vítima do meu marido, sutilmente, começou a inferiorizar a minha imagem no referido processo (o que é possível ver nos autos).
Cabe referir que, além de mim, o médico que trata do meu marido há anos foi chamado por ele para confirmar a sua doença, pois esta também foi colocada em causa; bem como seus colegas de trabalho, os quais nunca puderam comparecer...

Pode-se colocar em causa o diagnóstico de um médico sem nenhuma base, apenas porque convém a alguém?

No início de novembro, depois de todos esses meses em silêncio, o Millennium BCP anuncia na mídia que pretende despedir 600 funcionários, dentre os quais meu marido é um deles. O Banco chama-o e faz-lhe uma proposta, sem mencionar o processo disciplinar, oferecendo-lhe uma quantia para ele ir embora. Ele, sem saber que iriam despedi-lo a qualquer custo, recusa a proposta.
No final de novembro, meu marido recebe uma SMS comunicando-lhe que seu empréstimos pessoais foram debitados e sua conta está negativa. Ele, que estava de baixa psiquiátrica, telefonou para a sucursal de funcionários e recebeu a notícia, de modo informal, que foi despedido por justa causa…
A atitude do Millennium BCP demonstra incoerência, pois faz-me entender que tenta dois caminhos independentes para chegar ao despedimento, além de se utilizar de mim para atingi-lo. Veja:
  1. Em março de 2012, uma proposta para trabalhar no Tagus Park que foi recusada;  
  2. No dia seguinte, um processo disciplinar baseado em fatos que ocorreram em dezembro de 2011;
  3. Em novembro de 2012, um acordo proposto pelo Millennium e recusado;
  4. Final de novembro de 2012, um despedimento por justa causa com base no mesmo processo disciplinar, enquanto o funcionário, doente, estava de licença médica.

Como é possível uma instituição tão grande como o Millennium BCP agir dessa forma tão pequena?

 

Como é permitido a um banco utilizar-se de dados sigilosos de uma cliente sem o seu conhecimento ou autorização e ficar por isso mesmo?

Como é possível um banco ter dúvidas da assinatura da cliente e pagar pelos cheques com o dinheiro dela?


O caso está no Tribunal do Trabalho de Lisboa...



 


Notícia exibida em 5 de Novembro de 2012, mesma época em que o Millennium BCP começa a se utilizar dos meus dados bancários sem minha autorização ou conhecimento

Segundo Nuno Amado, que hoje confirmou o objetivo do BCP de reduzir em 600 o número de trabalhadores até 2013, a «intenção» é que o processo de rescisões «seja amigável», mas admitiu avançar para despedimento coletivo caso os trabalhadores não aceitem as condições propostas pelo banco.
Condições que, garantiu, são «claramente superiores à base legal».
«Estamos a fazer tudo para não entrar [em despedimento coletivo] e com sacrifício dos acionistas», acrescentou.
Nuno Amado adiantou que é objetivo do banco ter o processo fechado em breve para que não seja «longo e desgastante» e deu mesmo uma data: «Gostaríamos de ter praticamente todos os acordos concluídos no próximo mês».
Sobre os trabalhadores aos quais vão ser propostas rescisões amigáveis, o presidente do BCP garantiu que o processo será «transversal e vertical», abrangendo «todas as áreas» do banco e de «cima para baixo».
Nuno Amado disse ainda que este ano o banco vai reduzir 40 sucursais, tendo 20 já sido fechadas e devendo as restantes encerrar até final de dezembro.
O BCP quer cortar 600 trabalhadores até final de 2013, através de rescisões amigáveis e reformas antecipadas, poupando já em 2013 cerca de 30 milhões de euros em custos com pessoal.
O banco fechou o terceiro trimestre deste ano com 9.866 trabalhadores, menos 93 do que no final de 2011. Em termos de custos com pessoal, o ano passado, o BCP gastou 545 milhões de euros. Este ano, até setembro, esses custos foram de 397 milhões de euros.

Fonte: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2867569&page=-1

Fui selecionada para participar de um processo trabalhista do Millennium BCP...

Selecionada, envolvida, usada... não sei bem o termo correto, sei apenas que não fui consultada, logo, não tive direito de recusa.

 
Cansada de estar calada há mais de um ano, hoje decidi contar a quem quiser saber tudo que meu marido e eu temos passado em função do Millennium BCP ter decidido se livrar de 600 funcionários. Tanto é verdade que o Presidente do Millennium BCP, Nuno Amado, veio a público comunicar que estaria disposto a fazer despedimento coletivo caso os funcionários recusassem o acordo proposto pelo Millennium BCP. O que ele se esqueceu de dizer é que, para completar o número estipulado, o Millennium estaria disposto a qualquer coisa, inclusive envolver pessoas de fora sem nenhuma preocupação em magoá-las, prejudicá-las ou desestabilizá-las.
Infelizmente, sem saber o porquê, uma dessas pessoas, sou eu.
Escolhi o Millennium BCP para ser o banco onde receberia meu salário em 27 de março de 2009 e lá guardei minhas economias no intuito de comprar o tão sonhado apartamento... Por influência do destino, dois anos depois, mais precisamente em 27 de março de 2011 casei-me com um funcionário do Millennium acreditando que tinha encontrado  um homem especial. E realmente encontrei. O que eu nunca imaginara é que nosso casamento poderia servir de arma para a destruição desse homem tão especial.
O Millennium BCP, para cumprir a sua meta de despedir 600 funcionários, não se importou de Infringir a lei do sigilo bancário. Prova disso é que usou meus extratos da conta à ordem e das aplicações sem nunca me chamar para uma conversa, nunca me comunicar nem muito menos pedir autorização. Só sei do ocorrido porque vi tais documentos impressos nas mão do advogado do Sindicato dos Bancários (Essas informações constam no Tribunal do trabalho de Lisboa).
Um banco pode utilizar-se de dados confidenciais de seus clientes assim, sem nenhuma autorização?
É muito triste ver meu extrato discriminado nas mãos de estranhos, onde podem ver o que gasto e onde gasto. Sinto-me exposta, invadida e humilhada.
Não seria isso abuso de poder e desrespeito pela confiança que tive nessa instituição?
Para completar a minha desilusão com o Banco Millennium BCP, fui intimada como testemunha no processo entre o Millennium BCP e um funcionário, meu marido. Numa lista de 10 testemunhas,  nove tinham suas profissões mencionada na frente de seus nomes, e diante do meu nome apenas  “estudante”. Além disso, as testemunhas licenciadas tinham à frente de seus nomes o título de “doutor” (o que é hábito em Portugal), menos uma: eu, que sou mestre pela Faculdade de Letras de Universidade de Lisboa, o que é do conhecimento do Banco Millennium BCP, pois no dia da abertura de conta foi feito um cadastro com todos os meus dados pessoais, inclusive habilitações literárias. Fica a dúvida:
Por que evidenciam a minha nacionalidade , esquecem-se da minha profissão e da minha formação e não acontece o mesmo com nenhuma outra testemunha?
Na minha opinião, foi tudo um plano para me inferiorizar diante do Tribunal do Trabalho e fazer com que meu testemunho perdesse o valor, porque a verdade não ajudaria o Millennium BCP em nada. Se pararmos para ler o processo, poderemos constatar que o Millennium BCP tenta me diminuir desde o início, progressivamente,  fazendo com que eu pareça apenas uma "brasileira" sem profissão e, posteriormente, "esposa"...
Podem fazer isso?
Hoje vou parar por aqui, mas vou contar o seguimento dessa história, que é uma luta de "Davi contra Golias".