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Fui selecionada para participar de um processo trabalhista do Millennium BCP...

Selecionada, envolvida, usada... não sei bem o termo correto, sei apenas que não fui consultada, logo, não tive direito de recusa.

 
Cansada de estar calada há mais de um ano, hoje decidi contar a quem quiser saber tudo que meu marido e eu temos passado em função do Millennium BCP ter decidido se livrar de 600 funcionários. Tanto é verdade que o Presidente do Millennium BCP, Nuno Amado, veio a público comunicar que estaria disposto a fazer despedimento coletivo caso os funcionários recusassem o acordo proposto pelo Millennium BCP. O que ele se esqueceu de dizer é que, para completar o número estipulado, o Millennium estaria disposto a qualquer coisa, inclusive envolver pessoas de fora sem nenhuma preocupação em magoá-las, prejudicá-las ou desestabilizá-las.
Infelizmente, sem saber o porquê, uma dessas pessoas, sou eu.
Escolhi o Millennium BCP para ser o banco onde receberia meu salário em 27 de março de 2009 e lá guardei minhas economias no intuito de comprar o tão sonhado apartamento... Por influência do destino, dois anos depois, mais precisamente em 27 de março de 2011 casei-me com um funcionário do Millennium acreditando que tinha encontrado  um homem especial. E realmente encontrei. O que eu nunca imaginara é que nosso casamento poderia servir de arma para a destruição desse homem tão especial.
O Millennium BCP, para cumprir a sua meta de despedir 600 funcionários, não se importou de Infringir a lei do sigilo bancário. Prova disso é que usou meus extratos da conta à ordem e das aplicações sem nunca me chamar para uma conversa, nunca me comunicar nem muito menos pedir autorização. Só sei do ocorrido porque vi tais documentos impressos nas mão do advogado do Sindicato dos Bancários (Essas informações constam no Tribunal do trabalho de Lisboa).
Um banco pode utilizar-se de dados confidenciais de seus clientes assim, sem nenhuma autorização?
É muito triste ver meu extrato discriminado nas mãos de estranhos, onde podem ver o que gasto e onde gasto. Sinto-me exposta, invadida e humilhada.
Não seria isso abuso de poder e desrespeito pela confiança que tive nessa instituição?
Para completar a minha desilusão com o Banco Millennium BCP, fui intimada como testemunha no processo entre o Millennium BCP e um funcionário, meu marido. Numa lista de 10 testemunhas,  nove tinham suas profissões mencionada na frente de seus nomes, e diante do meu nome apenas  “estudante”. Além disso, as testemunhas licenciadas tinham à frente de seus nomes o título de “doutor” (o que é hábito em Portugal), menos uma: eu, que sou mestre pela Faculdade de Letras de Universidade de Lisboa, o que é do conhecimento do Banco Millennium BCP, pois no dia da abertura de conta foi feito um cadastro com todos os meus dados pessoais, inclusive habilitações literárias. Fica a dúvida:
Por que evidenciam a minha nacionalidade , esquecem-se da minha profissão e da minha formação e não acontece o mesmo com nenhuma outra testemunha?
Na minha opinião, foi tudo um plano para me inferiorizar diante do Tribunal do Trabalho e fazer com que meu testemunho perdesse o valor, porque a verdade não ajudaria o Millennium BCP em nada. Se pararmos para ler o processo, poderemos constatar que o Millennium BCP tenta me diminuir desde o início, progressivamente,  fazendo com que eu pareça apenas uma "brasileira" sem profissão e, posteriormente, "esposa"...
Podem fazer isso?
Hoje vou parar por aqui, mas vou contar o seguimento dessa história, que é uma luta de "Davi contra Golias".

 

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